02 novembro 2005

Muito pede o tolo

Que sociedade mais esquisita, a nossa. Dentro de meses, vamos ter mais umas eleições . A meu ver eleições inúteis, para eleger um personagem pouco mais do que inútil. Mas como somos ricos, vamos gastar mais uns milhões de euros em campanhas e as suas festas associadas.Existem cada vez mais doentes em lista de espera para uma intervenção cirúrgica, mas isso não importa. Continuamos a ter os salários mais baixos da Europa dos quinze, também não importa. Haja festa, quem canta seu mal espanta.
A mim, o que me espanta, é como os portugueses levam a sério duas candidaturas ridículas.
A primeira candidatura, na pessoa do Sr. Mário Soares, tem ares de peta de Abril. O homem, bem ou mal, já fez tudo o que tinha para fazer. A sua candidatura é pura e simplesmente ridícula, para não dizer mais.
Quanto à candidatura do Sr. Aníbal Cavaco Silva, faz-me rir e chorar ao mesmo tempo.
Durante dez anos de ‘cavaquismo’, em que o Sr. Aníbal Cavaco Silva geriu os destinos de Portugal, entravam diariamente milhões de euros para desenvolver e modernizar o pais; No inicio do mandato do dito Sr., Portugal encontrava-se na décima quarta posição nos índices de desenvolvimento relativos à Europa dos quinze. Após dez anos de governo e uns largos biliões de euros de ajudas comunitárias, Portugal continuava na décima quarta posição, ameaçando seriamente conquistar o último lugar, afastando-se ainda mais dos índices de desenvolvimento médio dos 10 primeiros países da comunidade. Para mim, ocorrem-me duas ideias: ou o homem e as equipas que o acompanharam não passam de uma cambada de incapazes engravatados, ou então houve gamanço bravo. E, como durante vários anos, o Sr. Mário Soares coabitou com os governos cavaquistas, e nunca o ouvi denunciar seja a incapacidade seja o gamanço, não posso deixar de pensar a mesma coisa.

Contudo, a ‘intelligentsia’ portuguesa continua idolatrar tais personagens, que naturalmente se apresentam mais uma vez como os salvadores da pátria, cada um a pretender que é o único a ser capaz de por Portugal no bom caminho.
Tanto um como outro, já tiveram tempo e meios mais do que suficientes para o fazer. Não o conseguiram e são eles próprios que o afirmam ainda hoje, referindo-se ao estado ‘crítico’ da nação. Mas pretendem que os Portugueses lhes dêem de novo o poder e os sentem na cadeira real.
Muito pede o tolo, mas mais tolo é quem lho dá.
NDS

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